quarta-feira, 19 de março de 2008

Crítica sobre o texto "Por Uma Arquitetura Virtual: Uma Crítica Das Tecnologias Digitais"

O texto "Por Uma Arquitetura Virtual: Uma Crítica Das Tecnologias Digitais", de Ana Paula Baltazar dos Santos, aborda muitas das características que devem ser intrínsecas a um arquiteto. Entre elas, podem ser citadas a flexibilidade, a capacidade de gerar liberdade no espaço a ser modificado ou criado e a aceitação da penetrabilidade das tecnologias.
Os conceitos de "virtual" e "digital", que muitas vezes se confundem na mente de leigos ou iniciantes, está bem determinado e esclarecido. É possível afirmar que o virtual está associado à atualização, ou ao "evento" para o filósofo Pierre Lévy. Já o digital se associa a uma terminologia atual para o maquinário tecnológico, embora o mesmo possa se construir com base no virtual.
Notavelmente, a exemplificação com o Familistério de Godin - na verdade, uma adaptação francesa dos falanstérios de Charles Fourier do século XIX - expressa fielmente a idéia de que o virtual nem sempre deve estar necessariamente associado ao digital. A própria idéia de criar uma morada de operários - esta posteriormente chamada de Palácio Social - detinha toda a potencialidade para tornar concreta a teoria do filósofo Fourier. E é neste ponto que habita a virtualidade que deve reger o espírito do arquiteto, de modo que ele não possa simplesmente projetar, mas atingir uma versatilidade que potencialize a funcionalidade do espaço pensado.

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